Vou assimilar todas as sugestões para o quilt anterior. Talvez um patchwork delas todas dê uma coisa gira... muito obrigada a todas, agradeço mesmo muito a vossa ajuda! :D
29 de maio de 2009
Shoo Fly da Alice
Tenham um excelente fim-de-semana!
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patchwork
novos projectos
Entretanto, estou já a pensar no próximo. Até já cortei os quadradinhos. Este quilt será bem menos pretensioso do que o primeiro e já tem as contas feitas. Não falta paninho nenhum, está tudo certo, medido e contado, agora é só pôr mãos à obra! :)
Os paninhos (excepto um) vieram da loja da Rita, que tem uns fat quarters lindos, lindos! Espreitem!
dúvidas existenciais
:( O meu primeiro quilt está a dar-me muitos trabalhos. Trabalhos previsíveis para quem não programou padrões nem dimensões nem, muito menos, as quantidades necessárias de tecido! Posto na cama não sei se gosto do resultado. Começo a duvidar de tudo. Duvido do remendo e da cor do sashing. Na volta encomendo mais uns paninhos e refaço o sashing em turquesa... O que acham? Agradeço opiniões!
Depois de juntar muitos quadradinhos em 9-patches e de os unir com a técnica do sashing, chego à conclusão de que me falta um bom bocado para tapar a área pretendida: a cama da filha.
Constatado o facto, dedico-me à sua resolução, voltando às verdadeiras origens das mantas de retalhos - cortar e coser todos os bocadinhos disponíveis. Tudo aproveitado, consigo arranjar-lhe um remendo à medida...26 de maio de 2009
Do Workshop
Sábado correu muito bem, como se esperava aliás. Fiquei com a sensação de ter ficado tudo muito mais desarrumado do que da primeira vez, não Rita? Pelo menos mais sujo ficou. O batting faz mesmo muito lixo e cheguei a casa cheia de bocadinhos de algodão colados à roupa.
Estou agora mais preparada para planear os meus trabalhinhos e até já me habituei a fazer desenhos para estudar as muitas opções, planear e gerir melhor os tecidos.
Obrigada Zélia. A alfineteira é linda (há mais aqui), os paninhos e o galão também! Adorei.
E já me esquecia, hoje chegou parte da minha prenda de anos
Sim, eu também fiz anos. Uma das coisas que devo fazer, não foi escrita por mim, mas está aqui. Eu assino por baixo.
Chega de novidades por hoje. Agora vou beber um café e ver os meus livros novos :)
Estou agora mais preparada para planear os meus trabalhinhos e até já me habituei a fazer desenhos para estudar as muitas opções, planear e gerir melhor os tecidos.
Tenho pintado muitos quadradinhos e triangulos e estão já dois projectos na manga. O computador também pode dar uma ajuda preciosa, especialmente se tivesse o photoshop...
Também trouxe mais uns paninhos muito lindos. Este conjunto que inclui um dos meus tecidos favoritos a Alice no País das Maravilhas.Para além disto tudo, ganhei uma prenda magnífica:Obrigada Zélia. A alfineteira é linda (há mais aqui), os paninhos e o galão também! Adorei.
E já me esquecia, hoje chegou parte da minha prenda de anos
Sim, eu também fiz anos. Uma das coisas que devo fazer, não foi escrita por mim, mas está aqui. Eu assino por baixo.
Chega de novidades por hoje. Agora vou beber um café e ver os meus livros novos :)
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E depois, aproveitei que estava na cidade e fui à baixa. Consegui comprar baetão e branco. Muito bom (e barato).
E mais uns paninhos, mas desta vez baratinhos. Umas pechinchas.
E mais uns paninhos, mas desta vez baratinhos. Umas pechinchas.
Palavras por minuto
Quantas palavras consegue fazer num minuto uma criança de cinco anos? E a quantas conseguimos nós responder?
Ontem foi dia de ír com a miúda do meio às vacinas. Fomos a Lisboa porque aqui ainda não temos médico de família.
Segunda feira de manhã. 60 kms pela frente e muitas, mas muitas perguntas depois, a que eu já respondia, hã hã, sim, podes, está bem, ela disse: então e agora podemos ír comprar muitos bolinhos? e eu: sim, podemos... O QUÊ? minha malandra, não, não podemos! Ela deu uma gargalhada, como quem diz, quase que te enganei...
Mais à frente... começa a dar Thunder dos AC/DC... e ela diz: também há rádio da disney? porquê filha? porque isto é o pato donald a cantar!
AC/DC nunca mais serão os mesmos para mim...
Tão cedo não mudo de centro de saúde.
Ontem foi dia de ír com a miúda do meio às vacinas. Fomos a Lisboa porque aqui ainda não temos médico de família.
Segunda feira de manhã. 60 kms pela frente e muitas, mas muitas perguntas depois, a que eu já respondia, hã hã, sim, podes, está bem, ela disse: então e agora podemos ír comprar muitos bolinhos? e eu: sim, podemos... O QUÊ? minha malandra, não, não podemos! Ela deu uma gargalhada, como quem diz, quase que te enganei...
Mais à frente... começa a dar Thunder dos AC/DC... e ela diz: também há rádio da disney? porquê filha? porque isto é o pato donald a cantar!
AC/DC nunca mais serão os mesmos para mim...
Tão cedo não mudo de centro de saúde.
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21 de maio de 2009
Trabalhinhos de casa
Desde que fui ao Workshop da Rita que queria experimentar complicar a técnica do 9-patch, ou seja, fazer um disappearing 9-patch. Ontem experimentei...
As possibilidades são muitas. Gostei do resultado. Acho no entanto que ainda não sou assim tão perfeita. Isto de cortar, coser, voltar a cortar e voltar a coser são muitas voltas para uma principiante. Assim, ficará um paninho para praticar o quilting do segundo workshop que é já neste Sábado!
Com o mesmo fim também levo estes:
Cada qual para cada um.E agora vou dedicar-me a outros grandes projectos porque está mais do que na altura.
20 de maio de 2009
Um pouco de algumas coisas
O dia não começou muito bem mas também cedo se endireitou.
Fui buscar reforços para a mantinha de crochet e acabei por fazer novas comprinhas...
As compras foram na Ericeira que já está a preparar-se para mais um Verão em cheio. Pintam-se paredes, abrem-se novas lojas, renovam-se as antigas.
É impressionante ver como algumas terras crescem. A Ericeira tem crescido muito. O centro contínua com graça e deve ser um privilégio morar ali. Os arredores têm crescido como tudo o que é periférico: mal! Muito prédio, muito alto.
Já ao pé de mim, em Santa Cruz, não se acompanha este ritmo. Se no Verão não se pode ír ao centro, nem à praça, nem ao café, no Inverno está tudo deserto. Em Santa Cruz a maioria das lojas só abre para o Verão.
E hoje é dia de Prova de Aferição de Matemática. De certeza que não vai correr tão bem como a de Português. Os problemas com a matemática começam a notar-se no 4º ano, ano de contas de dividir e números com vírgulas...
18 de maio de 2009
Fim de uma início de outra (semana)
Fiquei com a sensação de não ter "crochetado" muito durante o fim-de-semana, mas afinal a coisa até nem correu mal.
Entretanto, hoje é dia de Prova de Aferição de Português do 4º Ano. A semana começa com ar de coisa diferente, pelo que a filha mais velha em vez de nervosa ía animada! Afinal de contas a avaliada nem é ela.
Entretanto, hoje é dia de Prova de Aferição de Português do 4º Ano. A semana começa com ar de coisa diferente, pelo que a filha mais velha em vez de nervosa ía animada! Afinal de contas a avaliada nem é ela.
15 de maio de 2009
Divulgue-se
A Língua de fora, já! Pelo Museu de Arte Popular, bordar bordar!
Achei esta ideia muito engraçada. Sem dúvida uma forma diferente de dar voz a um protesto. Quem puder vá participar neste lenço dos namorados gigante. Eu vou ficar e ver os resultados.
Achei esta ideia muito engraçada. Sem dúvida uma forma diferente de dar voz a um protesto. Quem puder vá participar neste lenço dos namorados gigante. Eu vou ficar e ver os resultados.
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cidadania
14 de maio de 2009
brand new quilter... me
Só para fazer um intervalinho ali nas costuras...
A escolha dos tecidos não foi tão pacífica como eu teria pensado, a sua organização também não, mas o que me está a ser mais dificil mesmo é manter sempre a mesma seam allowance (como é que isto se diz em português? Susi já pareço a outra dos roundabouts e das laundretes...lembras-te?)
A questão é que comecei por fazer umas costuras grandes porque queria que ficassem abertas (não sei porquê pareceu-me melhor, mais resistente talvez), mas depois sou uma forreta e vou diminuindo tudo!
Estou pra ver no que isto vai dar... quando chegar ao fim vou ter que andar a acertar tudo, é o que é!
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13 de maio de 2009
Iogurteira II
Até me tenho esquecido de dizer. No seguimento do que tinha escrito aqui, já comprei a iogurteira (agradeço as indicações dadas). Tal como fazer pão em casa, também a confecção de iogurtes tem os seus segredos. Já fiz várias experiências. Parece que o truque é mesmo juntar um pouco de leite em pó. Depois, os iogurtes que fazemos em casa são sempre diferentes dos outros, por isso é que gostamos deles. Para os muito gulosos como eu, podem sempre juntar um colher deste Golden Syrup que é como quem diz charope de ácer. Uma delícia.
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comidinhas
das Feiras
Fui à Feira do Livro e não comprei nada. Minto, comprei um livro infantil para uma das miúdas oferecer a uma amiga que fazia anos.
Estou desiludida com as feiras. Fui à Feira do Chocolate em Óbidos e fiquei desiludida, fui à Feira do Livro e fiquei desiludida...
Que posso dizer...
Costumo associar a palavra "feira" à palavra "pechincha", ambiente com coisas baratas para comprar. Mas, devo estar enganada.
Ou eu procuro mal ou realmente faço uma ideia errada do que é uma feira.
Em óbidos pensava que ía encontrar montes de chocolates para provar, à borla ou muito baratos, a preço de... feira. Mas não, vi muitas banquinhas com drageias que se vendem nos hipermercados e muitas outras coisas banais e muito muito comerciais. Para além de que estão 500 pessoas onde só cabem 5, mas isso é um problema meu, não gosto de apertos.
Na Feira do Livro deste ano também não encontrei nada realmente barato. Barato para mim seria 1€, 2€... sei lá... 5€? Até vi um ou dois artigos em revistas com fotografias desta mesma feira com os meus preços ideais mas acho que foram mesmo só fotografias. Ao vivo não vi destes preços para livros interessantes.
Resta-me talvez a Feira da Ladra?
Estou desiludida com as feiras. Fui à Feira do Chocolate em Óbidos e fiquei desiludida, fui à Feira do Livro e fiquei desiludida...
Que posso dizer...
Costumo associar a palavra "feira" à palavra "pechincha", ambiente com coisas baratas para comprar. Mas, devo estar enganada.
Ou eu procuro mal ou realmente faço uma ideia errada do que é uma feira.
Em óbidos pensava que ía encontrar montes de chocolates para provar, à borla ou muito baratos, a preço de... feira. Mas não, vi muitas banquinhas com drageias que se vendem nos hipermercados e muitas outras coisas banais e muito muito comerciais. Para além de que estão 500 pessoas onde só cabem 5, mas isso é um problema meu, não gosto de apertos.
Na Feira do Livro deste ano também não encontrei nada realmente barato. Barato para mim seria 1€, 2€... sei lá... 5€? Até vi um ou dois artigos em revistas com fotografias desta mesma feira com os meus preços ideais mas acho que foram mesmo só fotografias. Ao vivo não vi destes preços para livros interessantes.
Resta-me talvez a Feira da Ladra?
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sei lá
13 de Maio
Também é data festiva na nossa família. 48? anos de casados. Parabéns aos dois, uma vez mais a um outra vez mais a outro... :)
Beijos da filha
Beijos da filha
Benção das fitas
A minha querida sobrinha (uma delas) vai acabar o curso! O curso que ela escolheu sem limitações de médias ou de outro género. O curso que ela fez com gosto e muito bons resultados. Nada como fazermos aquilo de que gostamos!
Que seja o início de muitas coisas boas na tua vida, sobrinha.
As minhas fitinhas já estão entregues à espera das tradicionais festividades.
Que seja o início de muitas coisas boas na tua vida, sobrinha.
As minhas fitinhas já estão entregues à espera das tradicionais festividades.
Beijos :)
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família
9 de maio de 2009
7 de maio de 2009
16*9
=144.
144 quadradinhos feitos em 9 patch. Muitos ainda por coser. Falta também o paninho para o "sashing" (técnica sugerida pela mestra). Branco, azul, talvez um laranja/amarelo? Agora vou comprar mais linhas... acabaram!
6 de maio de 2009
O Parto
A próxima semana será a Semana Mundial pelo Parto Respeitado (não vi nada sobre Portugal?). Talvez por isso se tenha estado a falar sobre este assunto.
Como já aqui tinha escrito, fiquei a pensar nisto desde que li o post da Rita.
Ao assistir a estes dois programas (o primeiro já só vi a segunda metade), apeteceu-me fazer alguns comentários.
Não posso deixar de comentar o óbvio. A postura da médica Maria do Céu Santo no Programa Sociedade Civil. Fez-me lembrar o video da Associação Espanhola já muito divulgado em blogs.
O que é que eu posso dizer sem ser... muito... nem pouco... Vejamos, a senhora é arrogante. Não há volta a dar aos adjectivos. É arrogante, invasiva, defensora da classe... enfim o rol poderia continuar. Com a verdade de uma estatística numa mão e o medo na outra, atrai a maioria dos espectadores. Sabe disso e usa e abusa dos argumentos que abonam em seu favor não dando espaço a outras realidades. Para mim, toda esta postura espelha bem a realidade do parto hospitalar. É isto que se passa. Parimos no hospital, porque, ainda assim, é o local mais seguro, sujeitamo-nos à vontade do médico, enfermeiro, auxiliar, porque assim tem de ser e não somos peça no puzzle porque não sabemos nada do assunto. Claro que é por tudo isto que quem pode recorre aos cuidados particulares. Aqui não se pare, aqui dá-se à luz e isto diz tudo. Aqui sabem os nossos nomes e até os dos nossos outros filhos, faz-se conversa, há gelo e saquinhos quentes, tudo ao gosto da freguesa. Nesta margem há também quem opte pela cesariana, pois claro. É tudo mais limpo. Fiquei impressionada por saber que há quem prefira a cesariana para não estragar tanto o corpo (?). A máxima judaico-cristã “Parirás com dor” faz cada vez menos sentido.
Outra intervenção que despertou a minha atenção foi, na GRANDE REPORTAGEM, uma enfermeira ter falado em “macaquinhos”. Já vi um comentário sobre isto também e foi o que eu pensei na altura. Mas... a senhora não percebeu? HUMANIZAÇÃO! A mulher está lá, o pai também sempre que pode. Os robots é que têm de ser humanizados! Percebeu? Quem está automatizado é que tem de se humanizar. A mulher que está ali naquela marquesa minúscula (para mim que sou uma mulher pequena, imagino para uma mulher alta) está no auge da sua Humanidade – humilde e fragilizada. Quem lhe entra porta dentro e nem para a sua cara olha é que precisa de Humanidade.
Outros apontamento. O próprio director da MAC mostrou os instrumentos humanizadores da maternidade. Mostrou a Roda e disse para quem quis ouvir, que é uma coisa que não é muito oferecida às senhoras porque não dá muito jeito ao médico. É usada todas as semanas disse ele. Quando eu lá estive perguntei pela roda mas disseram-me logo que ali não davam epidural (como se eu tivesse falado em anestesias) e a conversa ficou por ali. Na roda, a mulher mexe-se mais como quer mas não dá jeito nenhum ao médico (novamente o video me vem à cabeça).
Só recentemente tive conhecimento da existência de doulas. Não sabia que as havia em Portugal e que havia até uma organização. Sabia da existência destas mulheres, desconhecia o nome, mas sempre as associei a comunidades hippies de países como a Alemanha ou França. Acho que a maioria das pessoas tem a mesma ideia. No programa da RTP2 acho que a representante das Doulas de Portugal Carla Guiomar esteve bem. Apesar de ser um programa de televisão em directo, conseguiu expor as suas opiniões. Não estava numa posição fácil. Acho que foi um bocadinho mais além do que devia. Perdoem-me agora os preconceitos sociais (embora que invertidos para a maiorias das pessoas, são sempre preconceitos)... mas Carla tinha uma médica cheia de madeixas à sua frente e falou-lhe em parto na água, com a família toda a ver... acho que isto foi demais para a doutora! Se queremos que nos ouçam temos de ír com calma.
Sensualidade uma questão também focada. Neste aspecto, tenho a dizer que, depois de muito pensar nas várias arestas da questão, posso dizer que de facto o parto tem mesmo a sua sensualidade, ou melhor, deveria ter. O nascimento de um filho, é o resultado do amor entre o casal. Não faria sentido para mim ter os meus filhos sem a presença do pai. O pai dos meus filhos pôde estar presente no nascimento dos três. Esteve ao meu lado, sofreu, fez força, esteve ansioso, apoiou-me, ficou exausto quando eles nasceram. Posso afirmar que passou por tudo aquilo que eu passei (tirando a parte óbvia, claro). Ele sabe o que é ter filhos. Para mim, e falo apenas na minha perspectiva, a sexualidade é isto mesmo, faz-se no dia-a-dia e não na hora de ír para a cama. É a cumplicidade que marca a diferença e que une as pessoas ao longo da vida. As mulheres devem lutar também por isto e contribuir para que a nossa sexualidade vá de encontro às necessidades de cada um (isto dá argumento para outros posts aqui ou noutros sítios). Claro que os homens (e as mulheres) são todos diferentes, mas foi por isso que eu escolhi este.
Acho muito importante que se discuta este assunto. Tenho filhos e gostaria que estivessem os três mais esclarecidos para poderem fazer melhor as suas escolhas. Os três porque o parto pode não ser só da mulher, depende de como é entendido. Todas as opções são válidas, desde que feitas em consciência.
Para falar verdade, e com muita pena minha, parece-me bastante prematuro falar de parto em casa. Parto respeitado sim, mas em casa parece-me cedo demais. Se há uns anos o parto em casa era a única solução para a maioria, hoje parece-me ainda o privilégio de uma minoria.
Muito fica por comentar e ponderar.
Como já aqui tinha escrito, fiquei a pensar nisto desde que li o post da Rita.
Ao assistir a estes dois programas (o primeiro já só vi a segunda metade), apeteceu-me fazer alguns comentários.
Não posso deixar de comentar o óbvio. A postura da médica Maria do Céu Santo no Programa Sociedade Civil. Fez-me lembrar o video da Associação Espanhola já muito divulgado em blogs.
O que é que eu posso dizer sem ser... muito... nem pouco... Vejamos, a senhora é arrogante. Não há volta a dar aos adjectivos. É arrogante, invasiva, defensora da classe... enfim o rol poderia continuar. Com a verdade de uma estatística numa mão e o medo na outra, atrai a maioria dos espectadores. Sabe disso e usa e abusa dos argumentos que abonam em seu favor não dando espaço a outras realidades. Para mim, toda esta postura espelha bem a realidade do parto hospitalar. É isto que se passa. Parimos no hospital, porque, ainda assim, é o local mais seguro, sujeitamo-nos à vontade do médico, enfermeiro, auxiliar, porque assim tem de ser e não somos peça no puzzle porque não sabemos nada do assunto. Claro que é por tudo isto que quem pode recorre aos cuidados particulares. Aqui não se pare, aqui dá-se à luz e isto diz tudo. Aqui sabem os nossos nomes e até os dos nossos outros filhos, faz-se conversa, há gelo e saquinhos quentes, tudo ao gosto da freguesa. Nesta margem há também quem opte pela cesariana, pois claro. É tudo mais limpo. Fiquei impressionada por saber que há quem prefira a cesariana para não estragar tanto o corpo (?). A máxima judaico-cristã “Parirás com dor” faz cada vez menos sentido.
Outra intervenção que despertou a minha atenção foi, na GRANDE REPORTAGEM, uma enfermeira ter falado em “macaquinhos”. Já vi um comentário sobre isto também e foi o que eu pensei na altura. Mas... a senhora não percebeu? HUMANIZAÇÃO! A mulher está lá, o pai também sempre que pode. Os robots é que têm de ser humanizados! Percebeu? Quem está automatizado é que tem de se humanizar. A mulher que está ali naquela marquesa minúscula (para mim que sou uma mulher pequena, imagino para uma mulher alta) está no auge da sua Humanidade – humilde e fragilizada. Quem lhe entra porta dentro e nem para a sua cara olha é que precisa de Humanidade.
Outros apontamento. O próprio director da MAC mostrou os instrumentos humanizadores da maternidade. Mostrou a Roda e disse para quem quis ouvir, que é uma coisa que não é muito oferecida às senhoras porque não dá muito jeito ao médico. É usada todas as semanas disse ele. Quando eu lá estive perguntei pela roda mas disseram-me logo que ali não davam epidural (como se eu tivesse falado em anestesias) e a conversa ficou por ali. Na roda, a mulher mexe-se mais como quer mas não dá jeito nenhum ao médico (novamente o video me vem à cabeça).
Só recentemente tive conhecimento da existência de doulas. Não sabia que as havia em Portugal e que havia até uma organização. Sabia da existência destas mulheres, desconhecia o nome, mas sempre as associei a comunidades hippies de países como a Alemanha ou França. Acho que a maioria das pessoas tem a mesma ideia. No programa da RTP2 acho que a representante das Doulas de Portugal Carla Guiomar esteve bem. Apesar de ser um programa de televisão em directo, conseguiu expor as suas opiniões. Não estava numa posição fácil. Acho que foi um bocadinho mais além do que devia. Perdoem-me agora os preconceitos sociais (embora que invertidos para a maiorias das pessoas, são sempre preconceitos)... mas Carla tinha uma médica cheia de madeixas à sua frente e falou-lhe em parto na água, com a família toda a ver... acho que isto foi demais para a doutora! Se queremos que nos ouçam temos de ír com calma.
Sensualidade uma questão também focada. Neste aspecto, tenho a dizer que, depois de muito pensar nas várias arestas da questão, posso dizer que de facto o parto tem mesmo a sua sensualidade, ou melhor, deveria ter. O nascimento de um filho, é o resultado do amor entre o casal. Não faria sentido para mim ter os meus filhos sem a presença do pai. O pai dos meus filhos pôde estar presente no nascimento dos três. Esteve ao meu lado, sofreu, fez força, esteve ansioso, apoiou-me, ficou exausto quando eles nasceram. Posso afirmar que passou por tudo aquilo que eu passei (tirando a parte óbvia, claro). Ele sabe o que é ter filhos. Para mim, e falo apenas na minha perspectiva, a sexualidade é isto mesmo, faz-se no dia-a-dia e não na hora de ír para a cama. É a cumplicidade que marca a diferença e que une as pessoas ao longo da vida. As mulheres devem lutar também por isto e contribuir para que a nossa sexualidade vá de encontro às necessidades de cada um (isto dá argumento para outros posts aqui ou noutros sítios). Claro que os homens (e as mulheres) são todos diferentes, mas foi por isso que eu escolhi este.
Acho muito importante que se discuta este assunto. Tenho filhos e gostaria que estivessem os três mais esclarecidos para poderem fazer melhor as suas escolhas. Os três porque o parto pode não ser só da mulher, depende de como é entendido. Todas as opções são válidas, desde que feitas em consciência.
Para falar verdade, e com muita pena minha, parece-me bastante prematuro falar de parto em casa. Parto respeitado sim, mas em casa parece-me cedo demais. Se há uns anos o parto em casa era a única solução para a maioria, hoje parece-me ainda o privilégio de uma minoria.
Muito fica por comentar e ponderar.
5 de maio de 2009
Pessoas da nossa vida
É estranho como a morte de pessoas que não conhecemos pessoalmente nos pode entristecer.
Hoje, através de alguns blogs que leio frequentemente, soube que tinha morrido o Vasco Granja. A notícia é dada em vários sítios mas eu ainda não sabia. Pode-se ler aqui e aqui e em muitos outros sítios.
O Vasco Granja faz parte da minha vida, como da vida de muita gente concerteza. Tinha um programa na RTP que acompanhou o meu crescimento. Lembro-me muito bem dele, da voz dele e lembro-me também de que falava muito para explicar aquilo que era a sua paixão. Eu esperava sempre para ver os desenhos animados.
Faz falta um Vasco Granja na vida dos meus filhos.
Hoje, através de alguns blogs que leio frequentemente, soube que tinha morrido o Vasco Granja. A notícia é dada em vários sítios mas eu ainda não sabia. Pode-se ler aqui e aqui e em muitos outros sítios.
O Vasco Granja faz parte da minha vida, como da vida de muita gente concerteza. Tinha um programa na RTP que acompanhou o meu crescimento. Lembro-me muito bem dele, da voz dele e lembro-me também de que falava muito para explicar aquilo que era a sua paixão. Eu esperava sempre para ver os desenhos animados.
Faz falta um Vasco Granja na vida dos meus filhos.
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