O Verão convida à leitura. É nesta altura que, mesmo uma pessoa como eu com três filhos pequenos, se consegue por a leitura em dia. Bom, em dia não digo, mas ler mais qualquer coisa. A brisa do mar, a espreguiçadeira junto à piscina, tudo excelentes locais para não fazer outra coisa senão ler; um olho no livro outro nos miúdos.
Por passarmos férias em casas geminadas, costumo ler os livros que a minha sobrinha mais velha me vai emprestando. Grande consumidora ela; acho que - durante as férias - faz quase tantas viagens à livraria como eu ao hipermercado... :) Pelas mãos dela já li boas histórias. Adorei a da Papisa Joana, conheci os romances da italiana Sveva Casati Modignani que combinam a culinária com um bom romance ou história de vida, combinação que eu adoro.
Este ano levo, para começar, um livro de um autor português que eu nunca li A Vida num Sopro de José Rodrigues dos Santos. Foi a minha mãe quem mo emprestou depois de eu lhe ter feito umas perguntas sobre Espanha na época do Franco.
Aliás, estou pobre em leituras de autores portugueses.
Confesso as minhas vergonhas, o único livro que li do premiado escritor José Saramago foi mesmo o Ensaio Sobre a Cegueira. Não por falta de interesse. Já tentei várias vezes ler o Memorial do Convento e cheguei a meio de As Intermitências da Morte. Pelo meio acontece sempre algo que me faz parar, não é culpa do autor por certo, admito a minha culpa. Vou continuar a tentar, até porque é um dos autores preferidos do meu pai e é apaixonante ouvir os seus comentários cada vez que acaba de ler um dos seus livros.
Aconteceu-me o mesmo com Eça de Queirós. Comecei por ler Os Maias, que era de leitura obrigatória no liceu. Não gostei nada, tive imensa dificuldade com toda aquela descrição incial, achei muito chato. Nunca mais peguei neste livro, nunca o li, mas peguei em todos os outros. Já li e reli a grande maioria dos livros do Eça e é sempre com grande prazer que o faço. Continua tão actual, quem pode conter uma gargalhada com o final de A Relíquia?
E Vocês? O que levam para ler nas férias?